sexta-feira, 27 de junho de 2008

Paixonite.

25 de Junho
Não seria possível descrever o que é amor aos dezessete, porque eu não sei se tudo que pude sentir até aqui é amor, amor mesmo.Mas paixonite é que não, certeza.Paixonite eu senti na 5ª série, quando fiz aquele show na hora do "selinho".Sabe selinho?!Selinho de criança ainda ¬¬" QUE APURO!Mas lembrando agora, chega a ser engraçado...Aquela sensação de "primeira vez", que te assusta mas te atrai...
Já no primeiro beijo, aquele meio sem jeito, não pensei tanto, simplesmente agi, e quando vi já tinha dado o tal primeiro beijo.E foi muito melhor, mais tranquilo, menos tenso...Que bom.
A minha dúvida não é se tudo que vivi/senti foi real.A minha dúvida é se tudo isso foi amor, o mesmo amor que os mais velhos que eu definem.Será que com o tempo isso que eu considero ter sido amor hoje vai continuar com o mesmo significado daqui sei lá cinco anos?!É essa a minha curiosidade.
Ontem, pode se considerar que foi o primeiro dia depois de muitos que voltei a chorar.Havia chorado no começo do mês, lembrando do meu avô, mas é diferente.Eu chorei porque senti um ponto final sendo escrito num a história que eu pensei ter esquecido ou pelo menos já não ocupasse tanto espaço assim.Na verdade eu deixei o fim bem reticente, para não ter mesmo cara de final, porque no fundo talvez eu não quisesse.É dificil quando nos desapontamos conosco.Chega a ser revoltante, pois fazemos tanta coisa com a maior das certezas que é o certo a se fazer (para ambos), e no final acaba sendo tão estranho termos feito.
Me reportei à alguns meses atrás, lembrei de cartas, telefonemas, desenhos, presentes, desde um coração desenhado na árvore até um simples bilhete escrito: te amo.E depois que lembrei tudo, fiquei pensando por que ter lembrado, por que isso agora?Fiquei pensando, pensando...E tudo que consigui, foi lembrar ainda mais.
E isso é mau.Bota mau nisso.A pessoa está em outra, sabe aquela história né?E ela merece ser feliz, todo mundo merece. E eu fiquei triste, fiquei alegre, sei lá como fiquei...Depois de um balde de água fria, porque afinal eu que pensei que podia ser reticente, acabei me vendo meio sem chão, sem reação...Quis sair, correr para um colo de uma amiga, mas voltei a mim e vi que já era tarde da noite, chovia, estava frio e minhas amigas (as que me suportam nessas horas) infelizmente não moram tão perto assim.
Pra ajudar a bendita da música que tocava ao fundo da minha mente, era uma de letra bem caprichada, própria para o momento:'corra lá vem a tristeza, atirando pra todos os lados...' E repetia, repetia...Só pude mesmo correr em direção da cama, do cobertor e rezar para que o sono viesse e levasse com ele toda essa sensação de vazio e de frio.

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